The Voice Again
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The Voice Again
“The Voice Again” nasceu da dor. E, mais que isso, da superação. Esse álbum não foi apenas composto – ele foi vivido.
Durante todo o ano de 2024, enfrentei uma das fases mais difíceis da minha vida. Entre términos, traições, decepções, injustiças e batalhas internas, a música foi meu único refúgio. Cada faixa presente neste álbum carrega não só melodias e versos, mas também fragmentos da minha alma, das feridas que precisei expor para poder cicatrizar.
Mesmo que algumas letras soem simples à primeira escuta, todas são carregadas de significado, intenções ocultas, raiva contida, amor frustrado e – acima de tudo – autolibertação. The Voice Again é o momento em que eu recuperei a minha voz.
Do Silêncio à Libertação
A primeira faixa, “Finally Free”, abre o álbum com o retrato cru de um relacionamento tóxico vivido entre o final de 2023 e o início de 2024. A letra descreve o encanto inicial – “Your brown eyes, like coffee beans, so deep” – e a lenta desilusão: “Our love grew quiet, the colors turn to grey”. Essa música é a respiração aliviada de quem finalmente consegue se libertar.
Logo depois, “A Million People” mergulha na crítica social, escancarando a desigualdade do mundo moderno e a rotina desumana que sufoca tantos. Já “Passe o Tempo Que Passar” surge mais leve, como um voto romântico entre duas almas que resistem ao tempo e ao destino.
“Vanilla Ice Cream”, apesar do título doce, fala da amargura de tentar agradar alguém e nunca ser suficiente.
Músicas como “I'm Bad Bitch, Bad”, “Try Your Best, Hater”, “Projeto Falido” e “Boneca Afiada” são válvulas de escape. São gritos de força. São o retrato de quem foi humilhado, julgado e ainda assim se levantou – com salto alto, beat pesado e versos afiados.
Essas faixas flertam com o rap, pop e trap, carregadas de ironia, deboche e mensagens de empoderamento pessoal. Elas não pedem desculpas. Elas afirmam.
Canções como “Esperando”, “Desculpa Eu Te Ligar”, “Eu Tentei”, “Crying In The Rain” e “Where You Left Me” mergulham em emoções mais profundas. São confissões sinceras de quem tentou amar, mas foi deixado para trás.
Outras, como “Cada Detalhe Seu” e “Novela Mexicana”, exploram o romance e a dor com lirismo nacional, em melodias sertanejas que ampliam a diversidade emocional do álbum.
“País Bastardo” é uma crítica direta à estrutura social do Brasil – um desabafo sobre racismo, corrupção e heranças coloniais que seguem moldando a nossa realidade.
Já “Chi-town” e “Call My Name (your screams)” abordam o caos urbano, o impacto ambiental e as fantasias de vingança. Enquanto isso, músicas como “Will You Rise Again” trazem uma mensagem de resistência e fé em si mesmo, mesmo após a queda.
A versão deluxe amplia o universo do álbum com mais 7 faixas inéditas que aprofundam as temáticas centrais. Destaque para:
“No More Tears To Cry”, que celebra o fim do sofrimento emocional;
“Metida a Estrelante”, que ironiza e desmascara quem tenta brilhar apagando os outros;
e “I’m Finally Breath”, que encerra a jornada com um suspiro de renascimento.
Essa última música é uma carta de despedida. Um símbolo.
A forma que encontrei de dizer: eu sobrevivi a tudo isso – e agora eu vivo de outra forma.
É um álbum sobre reencontrar o poder de falar. De ser ouvido.
É sobre assumir as dores, encarar as falhas, cuspir verdades e abraçar as próprias cicatrizes.
É o resultado de um ano de guerra interna.
E a vitória disso tudo foi essa: voltar a cantar. Voltar a falar. Voltar a ser.
Essa é a minha voz. De novo. E pra sempre.